sábado, 22 de junho de 2013

Por que ler?


Se você já se perguntou alguma vez "Por que ler?", então deve assistir a esse vídeo, é muito interessante.


Regra dos Acentos - Nova Regra


Pesquisar e se atualizar é uma ótima maneira de se aprender. Bom estudo!

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Formando Leitores




É comum vermos cantinhos de leitura nas escolas, com a intenção de proporcionar aos alunos o hábito da leitura, bem como oferecer livros de qualidade. Estes são montados com uma prateleira de livros, um tapete e alguns almofadões dispostos, criando um clima de tranquilidade.
Porém esse espaço não deve apenas ficar delegado ao gosto do aluno, mas também à intencionalidade do professor, à proposta pedagógica da escola, que são pontes entre o estudante e o conhecimento.
A simples montagem desses cantinhos não garante o interesse dos alunos pela leitura, nem a formação de leitores assíduos.
É interessante que o professor repense a prática dessa atividade, percebendo os aspectos mais importantes para se criar o gosto pelo ato de ler. Deve pensar e refletir sobre que tipo de leitor se pretende formar, se os livros ali dispostos são do interesse dos alunos, como será a avaliação daquele momento, etc.
Além disso, o professor pode pensar em juntar um material, diferentes portadores textuais, com a participação de todo o grupo, onde cada aluno se torna responsável pela manutenção e sustento dos materiais. Estes poderão doar jornais e revistas usadas, um artigo que leu e achou interessante, encartes de supermercados que poderão ser utilizados nas aulas de matemática, todo tipo de propaganda, panfletos, álbuns de figurinhas, gibis, dentre outros.
O professor deve também abrir espaço para que os alunos escolham os livros a serem lidos num determinado mês, fazendo uma visita à biblioteca da escola, onde cada um irá escolher dois exemplares para serem colocados na prateleira da sala de aula, e lidos posteriormente.
Um mural com sugestões de leitura, feitas pelos próprios alunos, também é uma boa forma de incentivo, pois os próprios colegas fazem as indicações, além de terem que escrever as sinopses dos livros.
Dessa forma, o envolvimento dos alunos com a leitura é muito maior, mais prazeroso, pois tem a autonomia de escolher temas do seu interesse ou do gosto de seus amigos.
Muitas vezes a escola bloqueia a capacidade crítica do aluno, por querer impor regras demais, e isso não funciona com a leitura. Pelo contrário do que se pensa, a autonomia abre espaço para a liberdade de escolha, mas de forma responsável, pois o aluno pode ser questionado e avaliado pela sua intenção.
Outra forma de proporcionar maior interesse aos livros é permitindo que os estudantes ouçam histórias narradas pelo próprio professor ou em CDs. Através das mesmas pode-se levar os alunos a manterem um bom nível de potencial imaginativo, além de desenvolver a criatividade dos mesmos.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
FONTE: http://educador.brasilescola.com/orientacoes/formando-leitores.htm

terça-feira, 18 de junho de 2013

O maravilhoso mundo dos contos de fadas e seu poder de formar leitores.


Fantasia ajuda a formar a personalidade

A literatura infantil surgiu somente no século 17, com a descoberta da prensa. As histórias infantis e os contos populares, no entanto, existem desde que o ser humano adquiriu a fala. Há notícias de histórias antigas na África, na Índia, na China, no Japão e no Oriente Médio — como a coleção de contos árabes As Mil e Uma Noites. "A fantasia é um mecanismo inventado pelo homem na era medieval para superar as dificuldades da vida real", conta Katia Canton, especialista em contos de fadas pela Universidade de Nova York.
Algumas histórias tratam de temas que fazem parte da tradição de muitos povos e apresentam soluções para problemas universais. "É o caso de O Pequeno Polegar. O personagem representa o desejo de vingança do mais fraco contra o mais forte", afirma Lilian. Os pequenos se identificam com os heróis e experimentam diversas emoções. Que criança não fica com medo ao imaginar o Lobo Mau devorando a Vovozinha? Ou odeia a bruxa quando ela prende Rapunzel na torre?

Para a escritora Ana Maria Machado, os contos de fadas pertencem ao gênero literário mais rico do imaginário popular. "Essas histórias funcionam como válvula de escape e permitem que a criança vivencie seus problemas psicológicos de modo simbólico, saindo mais feliz dessa experiência."

A idéia foi difundida após a divulgação dos estudos do psicólogo austríaco Bruno Bettelheim (1903-1990). Para ele, nenhum tipo de leitura é tão enriquecedor e satisfatório do que os contos de fadas, pois eles ensinam sobre os problemas interiores dos seres humanos e apresentam soluções em qualquer sociedade. Ou seja, a fantasia ajuda a formar a personalidade e por isso não pode faltar na educação. "A criança aumenta seu repertório de conhecimentos sobre o mundo e transfere para os personagens seus principais dramas", diz a terapeuta Mariúza Pregnolato Tanouye, de São Paulo.

Uma obra é clássica e referência em qualquer época quando desperta as principais emoções humanas. O que os pequenos mais temem na infância? A separação dos pais; e esse drama existencial aparece logo no começo de muitas histórias consideradas referências na literatura. Para Bettelheim, a agressividade e o descontentamento com irmãos, mães e pais são vivenciados na fantasia dos contos: o medo da rejeição é trabalhado em João e Maria, a rivalidade entre irmãos em Cinderela e a separação entre as crianças e os pais em Rapunzel e O Patinho Feio.

A leitura das histórias no passado tinha mais um propósito muito claro: apontar padrões sociais para as crianças. O objetivo das moças ingênuas era encontrar um príncipe, como mostrado em A Bela Adormecida e Cinderela. Em A Polegarzinha, de Andersen, a recompensa final da protagonista, Dedolina, também era o casamento. Já garotas desobedientes, como Chapeuzinho Vermelho, deparavam com situações dramáticas, como enfrentar o Lobo Mau. Essa história tinha forte caráter moral na sociedade rural do século 17: camponesas não deviam andar sozinhas. "Isso mostra como os contos serviam para instruir mais que divertir", afirma Mariúza.
Roberta Bencini
Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/alfabetizacao-inicial/maravilhoso-mundo-contos-fadas-423384.shtml?page=1

Agrupamento de Gêneros Segundo Joaquim Dolz & Bernard Schneuwly

PROPOSTA PROVISÓRIA DE AGRUPAMENTO DE GÊNEROS
Domínios sociais de comunicação
ASPECTOS TIPOLÓGICOS
Capacidades de linguagem dominantes

Exemplos de gêneros orais e escritos







Cultura literária ficcional
NARRAR
Mimesis da ação através da criação da intriga
no domínio do verossímil

conto maravilhoso
conto de fadas
fábula
lenda
narrativa de aventura
narrativa de ficção científica
narrativa de enigma
narrativa mítica
sketch ou história engraçada
biografia romanceada
romance
romance histórico
novela fantástica
conto
crônica literária
adivinha
piada…



Domínios sociais de comunicação
ASPECTOS TIPOLÓGICOS
Capacidades de linguagem dominantes

Exemplos de gêneros orais e escritos





Documentação e memorização das ações humanas
RELATAR
Representação pelo discurso de experiências
vividas, situadas no tempo
relato de experiência vivida
relato de viagem
diário íntimo
testemunho
anedota ou caso
autobiografia
curriculum vitae
...
notícia
reportagem
crônica social
crônica esportiva
...
histórico
relato histórico
ensaio ou perfil biográfico
biografia
...
 
 
 
 
 
 
 




Discussão de problemas sociais controversos
ARGUMENTAR
Sustentação, refutação e negociação de
tomadas de posição
textos de opinião
diálogo argumentativo
carta de leitor
carta de reclamação
carta de solicitação
deliberação informal
debate regrado
assembléia
discurso de defesa (advocacia)
discurso de acusação (advocacia)
resenha crítica
artigos de opinião ou assinados
editorial
ensaio


  
Domínios sociais de comunicação
ASPECTOS TIPOLÓGICOS
Capacidades de linguagem dominantes



Exemplos de gêneros orais e escritos





Transmissão e construção de saberes
EXPOR
Apresentação textual de diferentes formas dos
saberes

texto expositivo (em livro didático)
exposição oral
seminário
conferência
comunicação oral
palestra
entrevista de especialista
verbete
artigo enciclopédico
texto explicativo
tomada de notas
resumo de textos expositivos e explicativos
resenha
relatório cientifico
relatório oral de experiência

Instruções e prescrições
DESCREVER AÇÕES
Regulação mútua de comportamentos

instruções de montagem
receita
regulamento
regras de jogo
instruções de uso
comandos diversos
textos prescritivos


Extraído do texto- Gêneros e progressão em expressão oral e escrita-Elementos para reflexões sobre uma experiência Suiça (Francófona)-Curso Melhor Gestão Melhor Ensino.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

E por falar em leitura..Vamos entender o que é DISLEXIA.


“Dislexia é uma dificuldade de aprendizagem de origem neurológica. É caracterizada pela dificuldade com a fluência correta na leitura e por dificuldade na habilidade de decodificação e soletração. Essas dificuldades resultam tipicamente do déficit no componente fonológico da linguagem que é inesperado em relação a outras habilidades cognitivas consideradas na faixa etária .“

“Dislexia é um distúrbio específico de aprendizagem ....Esta definição identifica a dislexia como uma dificuldade específica de aprendizagem ao contrário dos termos mais gerais para distúrbios de aprendizagem. Enquanto esta categoria geral de dificuldade inclui uma grande variedade de distúrbios de audição, fala, leitura, escrita e matemática (USOE 1997), nós recomendamos (Fletcher et al., 2002; Lyon, 1995) que essa categoria deva ser descartada por ser um termo geral a esse distúrbio, quando se discute dificuldade de leitura. Sugerimos que se deve discutir distúrbio específico, definido em termos de domínio operacional coerente. Do ponto de vista epidemiológico, dificuldade de leitura, afeta pelo menos 80% da população. Isto constitui o mais prevalente tipo de distúrbio de aprendizagem.Como já foi dito antes Lyon (1995) é importante reconhecer que muitos indivíduos com dislexia têm também deficiência e comorbidades em outras áreas cognitivas e acadêmicas como v.g. : a atenção ( Schnkweiler, at al.,1995; B.A Shaywitz, Fletcher, & S.E.Shaywitz,1994), matemática ( Fletcher & Loveland, 1986 ) a soletração e expressão escrita (Lindamood, 1994; Moats,1994).Essas observações de comorbidades não vão ao encontro da especificidade da definição proposta da dislexia, mesmo porque características cognitivas como déficit de atenção e matemática são bem diferentes daquelas características de cognição, associadas ao déficit na habilidade básica para leitura.
A Avaliação para o Diagnóstico

Os sintomas que podem indicar a dislexia, antes de um diagnóstico multidisciplinar, só indicam um distúrbio de aprendizagem, não confirmam a dislexia. E não pára por aí, os mesmos sintomas podem indicar outras situações, como lesões, síndromes e etc.
Então, como diagnosticar a dislexia?
*Identificado o problema de rendimento escolar ou sintomas isolados, que podem ser percebidos na escola ou mesmo em casa, deve se procurar ajuda especializada.
*Uma equipe multidisciplinar, formada por Neuropsicólogos, Fonoaudiólogos e Psicopedagogos deve iniciar uma minuciosa investigação. Essa mesma equipe deve ainda garantir uma maior abrangência do processo de avaliação, verificando a necessidade do parecer de outros profissionais, como Neurologista, Oftalmologista e outros, conforme o caso.
*A equipe de profissionais deve verificar todas as possibilidades antes de confirmar ou descartar o diagnóstico de dislexia. É o que chamamos de avaliação multidisciplinar e de exclusão.
*Outros fatores deverão ser descartados, como déficit intelectual, disfunções ou deficiências auditivas e visuais, lesões cerebrais (congênitas e adquiridas), desordens afetivas anteriores ao processo de fracasso escolar (com constantes fracassos escolares o disléxico irá apresentar prejuízos emocionais, mas estes são consequências, não causa da dislexia).
*Neste processo ainda é muito importante:
-Tomar o parecer da escola, dos pais e levantar o histórico familiar e de evolução do paciente.
Essa avaliação não só identifica as causas das dificuldades apresentadas, assim como permite um encaminhamento adequado a cada caso, por meio de um relatório por escrito.
Sendo diagnosticada a dislexia, o encaminhamento orienta o acompanhamento consoante às particularidades de cada caso, o que permite que este seja mais eficaz e mais proveitoso, pois o profissional que assumir o caso não precisará de um tempo, para identificação do problema, bem como terá ainda acesso a pareceres importantes.
*Conhecendo as causas das dificuldades, o potencial e as individualidades do indivíduo, o profissional pode utilizar a linha que achar mais conveniente.
*Os resultados irão aparecer de forma consistente e progressiva. Ao contrário do que muitos pensam, o disléxico sempre contorna suas dificuldades, encontrando seu caminho. Ele responde bem a situações que possam ser associadas a vivências concretas e aos múltiplos sentidos. O disléxico também tem sua própria lógica, sendo muito importante o bom entrosamento entre profissional e paciente.
*Outro passo importante a ser dado é definir um programa em etapas e somente passar para a seguinte após confirmar que a anterior foi devidamente absorvida, sempre retomando as etapas anteriores. É o que chamamos de sistema multissensorial e cumulativo.
*Também é de extrema importância haver uma boa troca de informações, experiências e até sintonia dos procedimentos executados, entre profissional, escola e família.
Tratamento para Distúrbios Aprendizagem e Dislexia
A ABD(Associação Brasileira de Dislexia) atende em tratamento de pessoas que necessitam de um trabalho de intervenção seja ele de natureza diagnóstica com dislexia ou de interessados em apoio acadêmico, que foram avaliados pela ABD ou não. Este trabalho é realizado por equipe de profissionais especializados (psicopedagogos, pedagogos, neuropsicólogos, fonoaudiólogos) com experiência em distúrbios de aprendizagem e ênfase em Dislexia.
O tratamento de intervenção psicopedagógica com o portador de distúrbios de aprendizagem ou com o portador de dislexia, tem por finalidade dar suporte às atividades escolares; oferecer apoio pedagógico àqueles que necessitam desenvolver seu repertório acadêmico; iniciar o processo de autonomia de cada um para a vida prática e social; levar o aprendente a construir seu próprio aprendizado, sendo ele o próprio sujeito de seu conhecimento.
Chamamos de intervenção psicopedagógica porque é o “aprender a aprender”, uma educação para a vida. Para que isso aconteça, levamos em conta a realidade sócio-cultural de cada aprendente, pois é a partir de sua história que poderemos elaborar um projeto pedagógico adequado onde será respeitada a individualidade de cada um.
A terapia fonoaudiológica ou fonoterapia é uma sessão terapêutica onde são tratadas as alterações que aparecem em uma avaliação. Estas alterações podem ser na área da fala, linguagem (leitura e compreensão escrita) voz, audição,motricidade oral. Dificuldades nestas áreas podem ser decorrentes de: atraso de fala, distúrbios de linguagem, dislexia, déficit de atenção e outras. Para cada área, com dificuldade, são utilizados exercícios bem específicos.
Dependendo da idade do paciente são utilizados materiais lúdicos como computador, jogos, brinquedos para uma estimulação indireta ou exercícios direcionados, sendo uma terapia mais diretiva.
O fonoaudiólogo atua na minimização dos atrasos e dificuldades que poderão aparecer no aprendizado da leitura e escrita, prevenindo e reabilitando estes jovens que não conseguem ter acesso à linguagem escrita.

Estratégias de leitura.


As estratégias de leitura dizem respeito às formas utilizadas pelo leitor para facilitar a compreensão dos dados informativos de um texto. Assim, os procedimentos adotados por cada um se diferenciam, uma vez que nem todos assimilam conhecimento da mesma forma.
Algumas pessoas encontram dificuldades em ler, pois acham cansativo, monótono e difícil. Isso ocorre porque, na maioria das vezes, o indivíduo ainda não encontrou um meio estratégico para promover sua leitura de maneira prática.
Então, vejamos algumas táticas de leitura que podem despertar interesse e ser um incentivo à leitura:
*Leitura em voz alta enquanto lê em voz alta, a concentração é facilitada, já que a leitura silenciosa pode sofrer interferências de pensamentos alheios ao assunto tratado no texto.
*Exposição de pensamentos – é quando o leitor expõe, verbaliza o que está pensando a respeito do que lê. Esta prática desperta o interesse da pessoa por aquela leitura sem que perceba.
*Identificação dos fatores chaves o ledor identifica os elementos mais importantes da narrativa: os verbos, as personagens, as características e qualidades principais. Qual o objetivo do texto? E para qual tipo de leitor? Qual o posicionamento do autor: a favor ou contra? Perguntas como estas são feitas e respondidas pelo próprio leitor depois de analisadas novamente no texto.
*Representação visual dos acontecimentos à medida que lê, o indivíduo faz reproduções mentais acerca dos fatos. Dessa forma, o conteúdo é internalizado através das imagens obtidas através da leitura.
*Antecipação das informações diz respeito ao conhecimento prévio que o leitor possui a respeito do que lê. Assim, enquanto faz a leitura vai se lembrando do que já sabe sobre o tema abordado e presumindo o que virá a seguir. Este método causa tranquilidade e conforto.
*Questionário fazer perguntas sobre o texto torna a leitura fácil para algumas pessoas. Trata-se de elaborar um questionário sobre a leitura, o qual é respondido pelo próprio leitor, claro. Porém, há a possibilidade do mesmo tecer uma pergunta ao lado de cada parágrafo que julgar mais importante. Assim, quando ler a pergunta que fez, saberá do que se trata o parágrafo em questão.
*Resumo fazer uma síntese do texto à medida que lê. A cada período mais importante, o leitor escreve uma oração que o resume em um papel ou então no próprio livro, ao lado do parágrafo (faça isso, caso o livro seja seu).
Essas práticas produzem gosto pela leitura e aprimoramento, tornando-a mais prazerosa e satisfatória. Agora é só escolher uma ou algumas e ler bastante!
Alunos Online
FONTE: http://www.alunosonline.com.br/portugues/estrategias-de-leitura.html